terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Lua Negra 28 de dezembro 2016



O Novilúnio de amanhã, dia 28 de dezembro de 2016, é a Lua Negra Mais importante de nossas Vidas.


Conta a Lenda de meu Povo, que os primeiros sete anos desta Nova Era decidirão o futuro de nossa Humanidade. Uma profunda transformação para que os Deuses reorganizem nossa evolução. Precisamos nos preparar para uma Nova Consciência, e estamos muito atrasados. Então, a forma como esta Nova Consciência virá depende de como os humanos reagirão ao processo.
Em 2013, assistimos infinitos portais se abrirem simultaneamente. Muitos questionaram sua sanidade, sua fé e sua vida. 2014 foi de testes. E foram muitos e de diversas formas, fomos testados em valores, em moral e em civilidade. O Universo nos deu corda, e fomos mais longe em nossas afirmações para que em 2015 esta mesma corda fosse puxada e aqueles que se perderam no poder, principalmente sagrado, começaram a se enforcar nas sua próprias armadilhas. 2016 fez a limpa, e muitos foram os chamados para que a humanidade se voltasse ao Universo. Assistimos muitos representantes dos Deuses caírem, sucumbirem em seus próprios altares e outros nos surpreenderam com atitudes maravilhosas e contrárias aos dogmas e fundamentos de suas próprias vertentes duras e ortodoxas. Agora estamos à espera de 2017, e Saturno diz que o Tempo Espiral retornou. Ele edificou nosso Mundo, ele retorna para que prestemos contas do que fizemos neste mais de 50 mil anos de Ordem Sagrada.
A Lua Negra que se ergue amanhã diante de nós, vem cumprir a Lenda das Trombetas do Universo.  A Lenda conta que nosso Satélite irá novamente ligar a Terra ao Sistema Solar, a Galáxia e ao Universo no Vazio Gerador que encerra o Quinto Trombar, ou seja, é na Lua Negra que fecha o quinto ano e que por sua vez, antecede a entrada do ano regido por Saturno em que a conexão da Terra com o Universo será refeita.
Amanhã, os Gigantes da Lua novamente irão se reunir para a Grande Teia e refazer as Conexões da Terra ao Universo – dos humanos com o Universo, explica melhor, visto que nos perdemos há muitos mil anos desta Consciência.
Ouvi de um irmão da Saga que amanhã novamente as Telas dos Deuses do Universo irão se sintonizar na Terra e transmitir 24h ao vivo. Chegamos ao momento da contagem. Do acerto de contas para decisão final dos Deuses.
Não importa sua crença ou religião. Amanhã ore, tenha amor e compaixão em seu coração, diga ao Universo que você despertou ou está buscando este momento. Afirme em seu ritual, em sua casa, em sua família que aceita e irá trabalhar para os desígnios dos Deuses quanto a nossa Humanidade.
Nós, a Irmandade Rosa Negra, estaremos em profunda meditação espalhados pelo Brasil às 22h! Junte-se a nós!
Wakanda Layuth Mahatb

Imortais da Terra 

sábado, 17 de dezembro de 2016

É Natal...



O Natal e o Povo Pagão


A data do nascimento de Jesus Cristo é, e sempre será, uma incógnita. 

O dia em que Jesus Cristo  nasceu não consta na Bíblia, foi uma escolha da igreja 5 séculos depois, tempo da Igreja Primitiva. Primeiro porque nas condições que são descritas no seu nascimento, não aconteceria no inverno, ninguém sobreviveria. Hoje já se sabe que obviamente ele era do signo de peixes, portanto nasceu na primavera. Tudo bem estamos falando de Jesus, mas ele era mortal assim como sua mãe, tanto que foi morto. O nascimento de Jesus só passou a ser nesta data por uma questão política. Foi o Imperador Romano Constantino que aproveitou o crescimento do Cristianismo para controlar o Império. Foi ele quem estabeleceu os costumes e Rituais da Igreja Católica Apostólica Romana, não um Papa. Rituais como o dia de Celebração de Sábado (Sabath - guardar o sábado) e o Natal como nascimento do filho de Deus foram criados no Concílio de Nicéia em 325 depois de Cristo.
Mas não há dúvidas quanto ao reconhecimento de Cristo como o Avatar da Era de Peixes, nascido em março, Hemisfério Norte, certo? 
Porém, a Investigação Intelectual Sagrada mais importante é porque a Igreja Católica Apostólica Romana escolheu permanecer com o dia 25 de dezembro para o nascimento de seu Herói?  Porque, mesmo hoje com a força do Papa, é esta a data mantida?



Nossa busca percorre os caminhos do Sol

A Celebração das forças do Sol, como a representação do Sagrado Masculino, data de seis mil anos. Há registros históricos entre os Sumérios, antes mesmo da primeira Civilização humana, de sua adoração ao Sol. Os Persas registram o culto ao Sol há cinco mil anos. E mais recententemente,  se voltarmos quatro ou três mil anos, encontraremos registros de que, era em meados de 21 a 25 de dezembro que os pagãos antigos, celebravam sua festa de solstício de inverno, quando a noite mais longa do ano pelo hemisfério Norte acontece. 

Nossa influência, aqui no Brasil, foi mais forte pelo Povo Pré-Incaico, que deixaram seus registros e Celebrações aos Solstícios que chegam a três mil anos. Já o Povo Inca, hoje, ancestrais de nossas medicinas indígenas, possuem seu maior registro pelo final do século XIV. Uma complexa Civilização que se desenvolveu na América do Sul, sendo parte de nossa Linhagem Sagrada, antes do "descobrimento do Brasil" ter imposto o Sagrado do Hemisfério Norte.

O Solstício de Inverno sempre marcou o retorno da Luz, o nascimento do Sagrado Masculino e sempre entregou à humanidade a Criança da Promessa. 

Mas esclarecimentos à parte é Natal! Alguns pagãos mais sisudos dirão que não comemoram o Natal, que aqui no Brasil, hemisfério Sul, o solstício de inverno acontece em 21 de junho e que agora, não podemos de forma alguma comemorar o nascimento de qualquer Deus "solar" no auge da força "solar". Dirão mais, que Jesus não é um Deus solar!!! E estão certos! Mas estão cometendo um grave e grande erro: Repetindo o passado! A intolerância e o preconceito! É óbvio que a Igreja Primitiva não contava com o fato de hoje, estarmos na Era de Aquário, norteados pela Investigação Intelectual Sagrada, com nosso moderno Oráculo Silencioso, o "google"... Onde qualquer mortal pode ter acesso aos seus documentos e descobrir que até o Concílio de Niceia a igreja debatia sobre o Deus Lúcifer Romano.... Que acreditavam em reencarnação e decidiam o futuro de Antigos Heróis como Hércules, Teseu e Perseu... Se seriam ou não equiparados a Jesus - como filhos de Deuses.... Uma longa história política... Mas bem registrada, basta procurar... Pesquisar.... Então tudo bem! Estão todos certos...



 Mas, como já disse várias vezes;  Resgatar as Antigas Tradições não é, de forma alguma, pregar dogmas antigos  e,  muito  menos, desconsiderar  a evolução espiritual de nosso planeta. Resgatar as Antigas Tradições é retomar o caminho de Conexão ao Divino e, com certeza, isto inclui a experiência espiritual adquirida pela humanidade ao longo dos séculos.
            Não há como ignorar a sabedoria, o conhecimento e a eficácia das religiões. Basta abrir as janelas para o Divino e reconheceremos rituais ancestrais,  onde mudam somente  os traços pessoais do artista que os transcreve em sua tela da vida. A própria  atividade  mágica nos mostra,  diariamente,  a  energia espiritual de outras crenças, atuando ao nosso lado e interagindo com nossa magia. Não  considerar  a união de  experiências  e  os  vários caminhos que levam ao Divino é repetir o erro do passado. Não precisamos combater as religiões e nem queremos impor a Tradição, pois reconhecemos as várias faces de nossa Deusa.



Como posso dizer que é errado comemorar o Natal, sendo que este foi copiado dos nossos festejos ancestrais? Como ser contra simplesmente por intolerância? Dizer-se pagão e resgatar a Antiga Fé, sem ver a necessidade de esclarecer a todos a verdadeira origem do Natal!





As Luzes 
do seu Pinheiro de Natal

O Povo Antigo, no Solstício e Inverno, leva o pinheiro para dentro de casa. Um costume de cinco mil anos que traz a força da terra, de Gaia, da floresta para o interior de nossa morada. Um pedido antigo a Grande Mãe Terra, para sobreviver à rigidez do Inverno e que hoje nos lembra sobre nossa fragilidade. Nós, o decoramos com bolas (esferas) vermelhas em honra a todos os Deuses Solares que expandiam o seu renascimento. As Fadas (Seres Sagrados de muitos mundos) se unem aos humanos em harmonia, e ainda hoje, em alguns raros momentos se pode ver sua luz entre os galhos a iluminar plasmaticamente a Manifestação Sagrada – revelando mais uma vez o Mistério. Ofertas eram colocadas ao redor do pinheiro para que o Sagrado ali fosse perpetuado, e hoje consagramos bençãos aos nossos irmãos em formas de presentes. 



Como veem, os Católicos... continuamos a fazer tudo igual...
Dizer não ao Natal é como excluir minha alma pagã porque encarnei no Brasil, e o povo aqui não é herdeiro legítimo dos Deuses. Sendo que o Sul, onde moro possui em seu Hino lembranças de honra, a gregos e romanos... Somos descendentes diretos de Portugueses, Espanhóis, Italianos, Índios e Negros.

Sou Bruxa, Dominadora do Fogo, danço com a Grande Mãe Serpente de Fogo - Filha de Gaia... Ilumino o mar em esferas plasmáticas e já vi ao lado de outros irmãos a floresta se iluminar com as verdadeiras luzes do Mistério Revelado...


Meu Deus Solar retorna em junho, porque sou pagã e moro no hemisfério Sul! Giro com a Roda Sul porque sigo a dança do Sol. Mas olhando para as decorações de Natal na rua, sinto esperança de que um dia a terra volte a se iluminar a todos e não só para os Membros da Tradição Imortais da Terra que já revelaram o Mistério da Floresta. Sinto esperança nas bolas vermelhas... esferas de vida - que trazem a honra ao Antigo. Sinto esperança nas luzes que hoje substituem as fadas e a Manifestação Sagrada, mas que mantém vivos em cada inconsciente... em cada inconsciente... a imagem que reconhecerão quando o mundo voltar a se iluminar a todos! Porque isso é certo! Esta hora chegará!

Então, Feliz Natal a todos que permeiam as Antigas tradições – mesmo sem saber...
Feliz Litha a todos aqueles que seguem o Sol pelo manto de nosso Hemisfério!
E Feliz Yule a todos que seguem a Roda Norte e honram o manto Ancestral primordial...
Feliz 2017 a todos os buscadores por dias melhores e em harmonia ao Sagrado!

e ... para aqueles que desejarem ir mais fundo um pouquinho na Magia dos Solstícios... vou repostar um vídeo do ano passado, mas que é uma boa aula sobre o fluxo.

Gratidão!


Wakanda

https://www.youtube.com/watch?v=_L-zACenA8g&t=213s

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Uma nova Senhora para Gaia


Mas, o que é uma Senhora?

Senhora é um título Sagrado muito antigo, datando de aproximadamente 10 mil anos. No princípio foi alcançado apenas por algumas Deusas e Semi Divindades - dos mais diversos panteões:
DEUSAS COM O TÍTULO DE SENHORA
- Iansã – Deusa Africana - Senhora dos Ventos
- Moiras – Senhoras do Destino (semi Divindade). São consideradas Fadas, elementais.
- Perséfone – Deusa Grega -Senhora do Submundo
- Morrigan – Deusa Celta -Senhora dos Corvos de Batalha
- Atena – Deusa Grega - Senhora da Sabedoria
- Ártemis – Deusa Grega - Senhora da Natureza Selvagem

Conhecidas por nós atualmente, mas não devidamente tratadas por seu título. Mas com o passar do tempo se destinou a humanos devido à suas jornadas espirituais em busca dos Mistérios Sagrados – também pelo fato de os Deuses decidiram eleger  representantes seus na Terra.
Senhora é aquela que tem o domínio pleno sobre algo. Originalmente, a expressão Senhor ou Senhora traz a ideia de “mais velho” ou “mais antigo”. Dominar, por sua vez, traz à tona a expressão “dominus”, lendo-se aqui “senhor ou senhora com poderes que devem ser obedecidos pelos demais da casa” (“domus”) ou de um clã. Pode-se acrescentar ainda ao sentido de Senhor ou Senhora a expressão “Dom”, que também se refere a um cargo ou título de respeito prévio. Sendo assim, Senhora dentro do mundo Sagrado, é o título alcançado por alguém que domina plenamente algo, referindo-se diretamente aos poderes reais e palpáveis deste em relação ao mundo mágico e espiritual. Afinal, as Senhoras humanas existentes até hoje em Gaia são exímias dominadoras dos Quatro Elementos.
Este título só é conquistado por pessoas que jamais, nem em pensamento, tenham se afastado dos Deuses ou do Sagrado. Demoram muitos milênios para que possa ser alcançado, mas depois de alcançado torna-se eterno espiritualmente.

Como características básicas e comuns temos:
- Uma Senhora pode ir a qualquer mundo que consiga chegar.
- Domina os elementos fisicamente.
- Tem “cartas brancas” para a maior parte de seus desejos e intentos.
- Jamais hesitará em sacrificar algo em prol de sua causa.

Durante a história de nossa humanidade, três mulheres alcançaram o título de Senhora:
A primeira foi Cleópatra Thea Filopator (onde Cleópatra significa “glória do pai”; Thea, “deusa”; e Filopator “amada por seu pai”) – a última Rainha do Egito. A Senhora do Nilo ou Senhora do Deserto. Viveu entre 69 a.E.C. e 30 a.E.C. – um ano depois de perder a guerra (Batalha de Actium ou Accio) e ver o início de vida do grande Império Romano. Uma grega, filha da Deusa Afrodite, na época com idade espiritual de 6 mil anos.
Hoje, no mundo espiritual, é responsável pelo treinamento em massa de Bruxas para que voltem a encarnar em Gaia. Algumas das facilidades no mundo da beleza atual são fruto de suas experiências como Feiticeira, como os pós que hoje usamos como maquiagem e a depilação feminina. Também ficou conhecida por seus rituais de banho e por testar poções em prisioneiros. 30 anos depois de sua morte foi edificada a Igreja Ortodoxa Copta, uma igreja aparentemente desvinculada dos dogmas da Igreja Cristã, mas ainda assim monoteísta.
A segunda Senhora de Gaia foi Viviane (significa “cheia de vida”), a última e mais importante Grã-Sacerdotisa da lendária ilha de Avalon – na Grã-Bretanha. A Senhora de Avalon ou Senhora do Lago. Viveu em algum momento do século IV E.C. Uma Fada, filha da Deusa Diana, na época com idade espiritual de 7 mil anos. Hoje, no mundo espiritual, é de sua responsabilidade a última etapa de treinamento de Bruxas para que voltem a encarnar. Se não tivesse sido morta poderia ter chegado ao título de Rainha. Todo pagão conhece ao menos as habilidades mais básicas de Viviane com os quatro elementos. A Senhora do Lago tinha a missão de proteger a Espada Sagrada Excalibur que seria entregue a Artur quando estivesse pronto. Vê-se aqui, que sua história navega por uma saga “paralela” à dos Úteros. Artur foi criado por um Druida e seria ele a conduzir os poderes da última Espada Guardiã dos Úteros Sagrados, ainda de forma física em Gaia, a Espada do Ar. Contudo, Artur quebrou o juramento feito a Viviane, se convertendo ao Cristianismo quase que por completo. Assim a última Espada se perdeu e os Quatro poderes Masculinos dos Elementos foram entregues a Fé que se erguia no solo de Gaia.
Nota-se a tentativa real de harmonizar ou parametrizar os Sagrados Masculino e Feminino com as duas primeiras Senhoras – uma muito próxima ao nascimento do último herói Cristo – filho de um Deus, Posseidon e de uma humana, Maria. E outra na transição do politeísmo para o monoteísmo. Fica clara a tentativa de harmonia espiritual próximo à fundamentação da Nova Fé, o resguardo durante a Era de Peixes – desorientada espiritualmente – até o retorno do Sagrado Feminino com a terceira Senhora. Inclusive, Roma acabou ficando estrategicamente no meio do caminho entre Viviane e Cleópatra.
Até o presente momento somente mulheres alcançaram o título de Senhora, nenhum homem na história humana. E apenas um Ser Masculino detém o título: Lúcifer, o Senhor do Submundo; que se expressa também como Rex Nemorensis, o Senhor da Floresta do Lago Nemi (de Diana), outra de suas faces.  O que se liga com a informação histórica e mitológica da relação entre Lúcifer e Diana. O Lago Nemi ou Lacus Nemorensis (lago da floresta) é uma formação circular que fica a 30km ao sul de Roma. Acima dele havia o bosque consagrado a Deusa Diana – a Dama do Lago.

Há outro Título Sagrado também esquecido por nossa cultura contemporânea – as Rainhas.
Rainha é aquela que comanda, absolutamente soberana (de “super”, que fica acima dos outros). Do Indo-Europeu “reg”, significando “guiar, comandar, dirigir”. Rainha também é um título espiritual perpétuo, designado a seres que conseguiram alcançar poderes mágicos e espirituais equivalentes aos dos Deuses estando em Gaia. No caso de Deuses o título se aplica pela absoluta perfeição na conduta e direção de seus poderes no mundo humano/físico enquanto habitavam este mesmo mundo. Como exemplo:
- Hécate – Rainha das Bruxas
- Morrigan – Rainha das Batalhas

A Terceira Senhora
Acompanhamos a história do Sagrado por muitos caminhos e, quanto mais olhamos o futuro, mais vislumbramos o retorno do Antigo. A última Senhora que havíamos presenciado o registro em Gaia foi A Senhora de Avalon, Viviane. Mas é preciso contar a história que fez de uma mulher, hoje em Gaia, conquistar o título de “A Senhora dos Úteros”. Sua presença hoje em Gaia ergue diversas Tradições para o equilíbrio Sagrado para a Nova Era.
Primeiro precisamos entender que Senhora, na vida pagã, é um título alcançado por vidas de trabalho junto aos Deuses, acúmulo de sabedoria, poderes e atributos pela existência, e desmistificar o fato de que não é possível um ser de tamanha grandeza estar encarnado e vivendo normalmente entre nós. Sendo assim, uma mulher que há muitas vidas serviu a uma causa, uma missão sagrada, ao concluir sua jornada recebeu o título de Senhora. Uma Bruxa que chegou a uma ligação, interação e mérito com o Sagrado.
A Senhora dos Úteros marca o retorno concreto aos nossos olhos de tudo o que buscamos, estudamos e batalhamos como fé, filosofia e crença dentro do Paganismo mundial.  Assistimos a última Senhora de Avalon partir com o fim de um grande legado. Mas o Povo Antigo retorna e uma nova Senhora traz consigo o redespertar dos poderes de outrora. Sua missão é espalhar o conhecimento para que se formem Tradições versadas nas Artes Antigas, capazes de trazer de volta ao solo de Gaia os Dominadores de Elementos, filhos do Sagrado, que despertaram intimamente seu poder e manifestam no mundo físico a beleza desta interação. O ser humano possui em si o pentáculo da criação. Nosso corpo é o Pentagrama Divino, sendo nossos braços e pernas a ligação com cada elemento. Desta forma, o Sagrado irá novamente aproximar-se de forma real de nosso mundo. E uma Nova Era será construída para nossa humanidade. A Era de Aquário é a Era Comum, e não haverá mais um escolhido para guiar nossos passos, mas sim a multiplicação das Crianças da Promessa, trazendo ao solo de Gaia o Sagrado de forma manifesta, real e palpável. É o retorno concreto do Sagrado Feminino e o reequilíbrio do Sagrado Masculino, assim como a interação entre os Mundos Ascencionado e Descencionado, pois somente assim é possível o equilíbrio.
Filha de Lilith, A Senhora dos Úteros percorre Gaia na busca de seus antigos aliados e espalha aos novos a boa nova. Sua história não é nem de longe um Conto de Fadas moderno, mas o que sei precisa ser contado.
Voltamos ao tempo em que nossa humanidade caminhava ao lado dos Deuses, vivia como irmãos com seres de muitos mundos, e tecia seu futuro na construção e evolução perfeitamente em equilíbrio.
Gaia ainda continha partes físicas e primeiras de muitas dádivas e bênçãos Divinas. Presentes vivos dos Deuses e conhecimentos herdados por quem aqui caminhava ao lado de seres de consciência extremamente superior. Nesta época recebemos dos Deuses porções vivas dos quatro elementos para continuarmos nossa jornada para evolução. Ar, o mundo mental. Água, o mundo emocional. Terra, o mundo material. E Fogo, o mundo espiritual, eram a ligação maior com a Criação Sagrada em nosso mundo. Tão logo nossos Ancestrais tiveram acesso à forja, trataram de reproduzir os Grandes Úteros Geradores de elementos, e assim perpetuaram os ensinamentos dos Deuses Antigos no mundo físico.
Conta a história que estes Grandes Úteros da humanidade, quatro Grandes Caldeiras de Ferro, permaneciam um em cada canto do globo e que era possível a comunicação entre os povos através da língua do Povo Antigo. Eles eram guardados por mulheres antigas que zelavam pelos Deuses e que mesmo sem nunca terem conhecido uma a outra pessoalmente, eram irmãs de caminhada. E unidas espiritualmente, mantinham contato cotidiano através dos Grandes Úteros, e assim os elementos geravam o equilíbrio ao Sagrado em nosso solo.  Estes Grandes Úteros geradores eram protegidos por quatro Grandes Guardiões, que mantinham a dualidade perfeita direcionando o poder gerado pelos Úteros.
Mas a humanidade cresceu, e em suas caminhadas os homens chegaram à pequena tribo que guardava o Útero da Terra. Sem que a Irmã da Terra pudesse impedir, uma de suas ajudantes, no intuito de afastar a cobiça destes homens, colocou a mão no Útero da Terra e lhes ofereceu joias e ouro para que partissem. Os homens se foram, mas anos mais tarde voltaram arrasando a pequena tribo, levando consigo o Grande Útero. A Guardiã da Terra faleceu e iniciou-se em Gaia uma longa e sangrenta batalha pelos quatro poderes.
Um a um os Úteros foram roubados, por quem os protegia e por quem buscava os seus grandes poderes. Conhecemos estas batalhas, mas elas foram pintadas por guerras de disputa de gênero, credo e poder. Assim, uma a uma, as Guardiãs dos Úteros desfaleceram e voltaram ao mundo espiritual, mas continuaram a zelar por seus amigos que em Gaia viviam a Saga que teceria o futuro de nossa humanidade.
Até que Lilith resolveu iniciar o fim deste grande erro. E por amor à humanidade decidiu que os elementos do Sagrado Feminino seriam recuperados. Conhecemos esta parte da história e sabemos bem que o Sagrado Masculino foi direcionado à Nova Fé que se estabelecia no solo de Gaia pelo poder político e religioso. Os Guardiões dos Úteros entregaram suas espadas à nova crença e se perderam na jornada de equilíbrio à dualidade. Os quatro Antigos Guardiões se transformaram em Gabriel, Rafael, Uriel e Michael e se uniram ao caminho do Patriarcado.
Mas Lilith comandou o resgate do Sagrado Feminino, e escolheu uma de suas filhas para guiar a Grande Saga dos Úteros. Esta filha viveu vida após vida para recuperar os Elementos Sagrados. Sua missão era recuperar não mais os Úteros, mas sim os elementos que neles haviam sido fisicamente manifestos.
            Uma Saga que pertence a muitos, pois verdadeiros exércitos trilharam todos os cantos de Gaia, ora protegendo os Úteros, ora buscando o seu poder.  Uma história de fé, dedicação e guerras. Uma jornada de vida a uma única causa. Vida após vida, sempre ao mesmo destino.
Foram diversas as tentativas até que um a um os Elementos foram por ela recuperados. A cada Grande Útero vazio, mais perigosa a missão ficava, pois a filha de Lilith deveria guardá-los em si e somente quando os quatro estivessem juntos ela poderia encaminhá-los.  E a cada vez que falhava ou era descoberta, se entregava à morte certa, nas mãos daqueles que acreditavam ser possível tirar os elementos guardados em seu espírito, para devolvê-los aos Úteros.
Conheço a história final de cada elemento recuperado, pois sirvo A Senhora dos Úteros e dela ouvi seu legado:
O Útero do Ar teve seu último paradeiro em uma pequena tribo do deserto, e foi como uma mulher comum desta tribo que ela cresceu, até que a consciência de sua missão lhe guiou a se aproximar dos que protegiam a Grande Caldeira. E certo dia ela frente a frente com o Grande Útero, segurando nas mãos uma pequena pena, ela pronunciou as palavras que desprenderam o Ar da Caldeira e como um grande sopro ele lhe preencheu o ser. Obviamente descoberta no mesmo instante, ela foi torturada até a morte por aqueles que queriam o elemento de volta, até que um punhal nas mãos de um homem foi a última dor e o fim desta missão. Enfiado dentro de sua boca até a garganta na última tentativa de recuperar o Ar Gerador. Assim ela morreu e uma imensa tempestade de areia enterrou completamente a aldeia.
O Útero da Terra estava em algum lugar entre Norte da África e a Ásia Menor, e após algumas vidas ela conseguiu chegar perto o suficiente para comer as sementes que brotavam em seu interior, pronunciando as palavras dadas por sua Mãe para que a magia se fizesse. Mas a Filha de Lilith foi capturada na fuga e aprisionada em uma caverna, onde Bruxos poderosos tentavam resgatar a Terra Geradora. Presa por correntes de ferro pela perna esquerda, do elemento terra no ser humano, magias foram feitas para que um demônio comesse sua perna e assim liberasse o poder da Terra. Foi neste momento da história que Lúcifer veio ao seu pedido de auxilio, e diante da perna putrificada, onde larvas eram o alimento do demônio, ela conseguiu libertar-se das correntes quando a perna partiu, então arrastando-se para fora da caverna pode morrer em liberdade e levar consigo o Elemento.
O Útero do Fogo estava entre os povos que geravam a maior de todas as guerras em nosso mundo. E nascida entre eles, a filha de Lilith pode se aproximar da Grande Caldeira o suficiente para se jogar dentro deste e, pronunciando as palavras sagradas, explodiu a caldeira, colocando um fim a todos ao seu redor.
E o Grande Útero da Água foi certamente o mais roubado. Seu último paradeiro dentro da Jornada Sagrada de sua existência foi ao lado de Maria Madalena, sua última Guardiã e Mestre do Sagrado Feminino ao lado do último herói que tivemos. Jesus foi filho de uma mortal com um Deus, Posseidon, e como outros heróis tentou restabelecer o equilíbrio sagrado no solo de Gaia. Depois de sua morte, o Grande Útero já esteve em poder de sua dita Igreja, até que em 13 de outubro de 1307, numa sexta-feira, a execução dos Templários, os últimos Cavaleiros da Deusa, por ordem do Papa Clemente V, a mando do Rei Filipe IV da França, coloca um fim às tentativas de preservar o último Grande Útero, o da Água, elemento feminino e ativo gerador. Desta forma a Grande Caldeira, acabou sendo roubada por uma Irmandade Masculina que passou a sacrificar mulheres para deter o poder de seu Útero Sagrado. Somente há poucos séculos a Filha de Lilith, conseguiu se infiltrar nesta Irmandade de perversão e crueldade do Sagrado, e antes de se tornar uma das suas vítimas conseguiu engolir as pérolas que brotavam no interior do Grande Útero, unindo às palavras sagradas o último ato de sua missão. A filha de Lilith foi torturada cruelmente até seu último suspiro, sendo a água o mundo emocional, os homens acreditavam que a completa aniquilação de tudo o que é Sagrado ao Universo Feminino, fosse capaz de novamente liberar o Poder da Água Geradora. A Filha de Lilith acabou morrendo nas águas de sua tortura. 
Depois disso, o que restou no solo de Gaia foram caldeiras de ferro, outrora mágicas. Mas nossos inconscientes tentaram desesperadamente preservá-las e assim assistimos a multiplicações infinitas de suas réplicas, chegando ao nosso tempo, feitos de diversos materiais. Alguns sobre a mesa que nos dá a magia do alimento diário, outros em Templos que buscam a reconexão, mesmo que parte ainda inconsciente, com a força Sagrada de sua Saga. Fato é que os nossos Caldeirões são réplicas dos Grandes Úteros da Humanidade, e ainda hoje os filhos do Sagrado Feminino os perpetuam pelo mundo.
Mas ainda era preciso concluir a missão, e a filha de Lilith retornou a Gaia. Era preciso enfrentar magicamente uma última família da Antiga Irmandade Masculina pervertida pelo poder. Unida a outras mulheres, ela assistiu estes homens perseguirem suas irmãs e presenciou tragédias que somente ao mundo espiritual cabe a verdade neste momento. Mas batalhou ao lado de irmãs para que um a um eles fossem destruídos e seus poderes definitivamente retirados.
Desta forma, os Grandes Caldeirões Sagrados tornaram-se palpáveis no mundo espiritual, obrigando aos últimos detentores homens de seus poderes a entregá-los a filha de Lilith. Ela também enfrentou o demônio da terra de outrora e recuperou cada gota de poder que ele havia roubado, quando o elemento estava em seu corpo.
Assisti a filha de Lilith entregar os elementos aos antigos Grandes Úteros e junto a várias irmãs, chorei ao vê-los novamente respirar no mundo espiritual. Um a um eles foram novamente se enchendo ao toque desta mulher. Uma verdadeira filha do Sagrado Feminino, uma leal filha de Lilith. Uma nova Senhora para Gaia.
Hoje os Grandes Caldeirões do passado estão a salvo no Templo Astral da Senhora dos Úteros, guardados por suas eternas Guardiãs. Pois são exatamente os mesmos quatro espíritos antigos da tarefa de outrora a cuidar deles. O Templo abriga os Mestres do futuro, e leva o conhecimento das Artes Antigas ao que caminham ao futuro de Gaia.
A Tradição Imortais da Terra reconhece e serve a esta antiga Saga, a Senhora dos Úteros é nossa Senhora. Muito mais do que recuperar a força do Sagrado Feminino, muito mais do que nos ensinar a voltar a tecer o futuro. Muito mais do que despertar o poder interior de nossa alma. Reconhecemos a filha de Lilith que lutou para preservar o Útero herdado de sua Mãe por todos nós. Reconhecemos Lilith como a Deusa do passado, do presente e do futuro para consciência humana.


Wakanda Layuth Mahtab

segunda-feira, 8 de agosto de 2016